Nas minhas andanças pelo FlightBlogger de Jon Ostrower, encontrei a notícia dizendo que o primeiro Boeing 747-800I (versão de passageiros do 747-800 já mostrado aqui), está se preparando para o “gauntlet”. Não sei se o Google traduziu corretamente, mas parece que “gauntlet test” quer dizer teste desafio.
Ao longo do texto, percebe-se que se trata de um teste em solo, no qual ainda dentro da fábrica, todos os sistemas são levados a acreditar que estão em vôo. Como dentro da fábrica não pode ser utilizado combustível, tudo roda com energia elétrica de fontes externas.
Aí que entra o Flight Emulation Test System, FETS. Fui procurar mais a respeito e encontrei a patente da Boeing referente ao sistema. Ele lembra muito a plataforma Simulink do Matlab com seus blocos. Certos instrumentos geram estímulos (entradas) para os sistemas de modo a simular um vôo. A partir disto, suas respostas são aquisitadas de modo a analisar o comportamento que será apresentado durante o vôo “real”. Tudo isto dentro da fábrica, sem o uso das turbinas. Com isso, compara-se o comportamento medido com o esperado e certifica-se que durante o primeiro vôo, os sistemas reagirão adequadamente.
O legal (não só para estudantes de engenharia) de ler a patente acima é ver que todas aqueles conceitos de controle em espaço de estados, equações de dinâmica do vôo, loops de software de controle estão sendo usados lá de fato. Bom, não vou estragar a leitura, ela faz uma grande explicação de todo o sistema.
No texto do Jon Ostrower, ele comenta que no primeiro vôo das aeronaves da Boeing, as mesmas cumprem o “Standard B1 flight profile”, de forma a avaliar a resposta e o funcionamento dos sistemas, sendo este o vôo simulado dentro do FETS, durante o “gauntlet”. Tentei buscar mais informações, mas não obtive sucesso. Quem souber algo sobre o “Standard B1 flight profile”, compartilhe nos comentários!
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