quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nem sempre o "céu de brigadeiro"

Um belo domingo, céu claro poucas nuvens. Um dia ideal para um vôo tranqüilo e sem maiores dificuldades Enquanto todos os pilotos sonham com o chamado "céu de brigadeiro", não é possível destacar o quão importante é a prática de voar mesmo naqueles dias em que o céu não está tão convidativo. Dentro dos limites de suas regras de vôo, os pilotos ou aspirantes a aeronautas devem ter o conhecimento teórico e pratico para sempre conseguir retornar ao solo em segurança, contornando as variações bruscas e nem sempre previsíveis do ambiente em que se aventuram.


Minhas ultimas experiências não foram nos céus azuis que estava acostumados, mas permitiram que eu aprimorasse minhas habilidades. Em um dia, uma forte neblina que nos deixava próximos aos mínimos operacionais para vôo visual. No outro, um forte vento de través que me jogava para cima das referências nas manobras de coordenação. Vôos não tão prazerosos no sentido de aproveitar a simples alegria de voar, mas que requeriam muito mais atenção quanto a operação da aeronave. Você fica mais cansado, se concentra mais no que está fazendo, deixando de apreciar a paisagem como faz num dia calmo. Mas isso é muito bom: Essas situações te preparam para adversidades onde você, sozinho em uma aeronave, precisa retornar ao solo. Aprende a lidar com fortes ventos que melhoram seus reflexos de controle, baixa visibilidade que requer você mais atento ao trafego ao seu redor.

Milhares de acidentes aeronáuticos são provenientes da falta de habilidade do piloto de lidar com as dificuldades e tomar decisões corretas. Recentemente em uma revista (Aero Magazine) li uma reportagem sobre a necessidade de sempre se praticar técnicas de vôo por instrumentos mesmo em dias com clima bom. Isso pode ser expandido para o vôo visual, com a prática de manobras muitas vezes básicas em condições adversas. Vários acidentes são provenientes de muita confiança, com pilotos experientes que acham que já têm prática suficiente. Utilizando-se de cautela e bom senso, muitas vezes um dia que não parece ideal para voar, pode ser um experiência recompensadora para o piloto e pode no futuro, salvar sua vida.