sábado, 28 de junho de 2014

Teste em vôo: estol em um 737

Além de ser um vídeo real (nada de simulador!), neste vídeo as asas estão com tufos para auxiliar na visualização do escoamento. É interessante ver que a tendência da asa de estolar primeiro na ponta. Nas regiões estoladas pode-se ver os tufos mudando de sentido, apontando para a frente, indicando que a região está sujeita a escoamento de ar no sentido oposto!

Também é possível ver nesse vídeo que o estol ocorre conforme previsto para asas enflechadas: inicia-se pela ponta da asa. A figura abaixo, retirada de um manual da FAA, ilustra o desenvolvimento do estol para este tipo de asa:

E, apenas como uma curiosidade adicional, lembremos que na área técnica os avançam demandam tempo e trabalho. No relatório técnico NASA TN-D-2373, A Review of the Stall Characterstics of Swept Wings, escrito em 1964, os autores Charles W. Harper e Ralp L. Maki fazem uma revisão dos conhecimentos até então disponíveis sobre os métodos de previsão de comportamento dessas asas. Nota-se já nos primeiros parágrafos alguns comentários que viriam a nortear o trabalho dos escritórios de engenharia pelas décadas seguintes: "The solutions to the high-lift and associated stability and control problems wich were adopted for military aircraft cannot necessarily be considered adequate for commercial aircraft. That is, mechanical complication, electronic assistance (in the form of augmentation), and increased approach and landing speeds do not appear desirable for commercial aircraft."

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