Fiquei sem voar por 47 dias por causa de ambas as aeronaves em manutenção. Quando soube que uma aeronave AB-115 pararia para TBO antes da outra voltar a voar, aceitei que iria ficar um tempo sem voar. Essa abstinência forçada de vôos, levou-me à ir todo fim de semana ao aeroclube. Mesmo que para não voar, mas ficar sempre perto do ambiente da aviação, na busca de saciar o desejo louco de voar.
Meu retorno aos vôos foi no último dia 3. O Aeroboero, com manutenção completa mas ainda não totalmente pintado voltou aos céus. Eu, não tendo certeza se ainda sabia voar, fui para tentar, mais uma vez, melhorar minha performance em emergências simuladas fora do aeródromo e então prosseguir a próxima fase do curso: TGL (ou toques e arremetidas). Após uma breve conversa com o instrutor, avião checado e abastecido, entrei mais uma vez na aeronave argentina. Após a decolagem, rumamos para o setor ECHO da REPLAN, onde foram realizados estóis (com e sem motor), algumas curvas e as panes. Nelas meu julgamento melhorou, e na maioria das vezes, conseguiria chegar no local planejado. Rumando de volta ao aeródromo, fui surpreendido por uma nova manobra: Aproximação 360° na Vertical. Estávamos a 1300ft AGL (Above Ground Level), sobre a pista 16, quando foi declarada uma pane simulada. O objetivo era realizar uma curva, interceptando a perna do vento e prosseguir para o pouso, sempre julgando a altitude e a rampa de descida. Foi meio complicado, e com auxilio consegui chegar corretamente. Acabou o primeiro vôo desse final de semana.
Sim. Neste final de semana haviam dois vôos marcados, coisa que não costumo fazer, mas acabou acontecendo para compensar a falta de vôos do último mês. O outro vôo era para o dia seguinte, às 10 horas da manhã.
No domingo, cheguei no aeroclube e procurei meu instrutor, que logo me avisou, o qual me avisou antes do início do vôo: "Estamos com vento de través, com algumas rajadas. Vamos tentar alguns toques e arremetidas, mas caso a situação esteja muito ruim, vamos abortar para você não ficar gastando hora a toa."
Sabendo da situação, prosseguimos para a pista 34. Alinhado, iniciamos rolagem com correção para o vento, livrando o solo a 70 mph. Primeira tentativa de pouso: o instrutor levou e eu fui acompanhando. Segunda tentativa: Lá fui eu, controlando a aeronave sobre efeito dos ventos. Pedal contrário, asa para o vento. No arredondamento porém, a aeronave flutuou, e precisou de interferência do INVA para não pousar com uma pancada. Na terceira tentativa, fortes ventos de rajada levavam o avião a "bater as asas", tornando difícil a tarefa de manter o eixo. Nesse momento, o instrutor decidiu abortar. No solo, ele me explicou, e eu concordei com ele: por mais que fosse possível voar naqueles ventos, o quanto realmente eu, no meu primeiro vôo de TGL , iria aproveitar? Parece que fica para uma próxima vez, que já tem data marcada, no próximo fim de semana...
Um comentário:
O importante é que voltou a voar, e sempre vale a experiência de voar em um dia assim... Mesmo que não ficou voando o tempo todo, deu pra ver como é num dia com mais vento... É isso aí, bons vôos! Sayonará!
Postar um comentário