Decidi após quase quatro meses do meu primeiro relato de vôo, voltar a postar neste espaço minhas sensações e impressões do curso de Piloto Privado, que realizo no Aeroboero do Aeroclube de Campinas. Hoje, sete horas depois de meu primeiro vôo, dá para me virar melhor na cabine, apesar de ainda suar bastante para realizar algumas manobras. Nesse meio tempo de mais seis horas realizadas, deu para evoluir bastante e ganhar uma certa experiência.
Na minha oitava hora de vôo, voei pela primeira vez com o Lima, o qual ainda não tinha conhecido. Realizei a checagem do avião e aguardei enquanto o instrutor ajudava o Paulistinha PT-KZA na "partida manual". Fomos para a pista para o que foi minha primeira decolagem "reta", sem os costumeiros S's por aplicação excessiva de pedal . O instrutor só me ajudou ao rodar a aeronave quando tentei tirá-la do solo poucas milhas abaixo da velocidade padrão de 65mph, o que deixou o avião "bobo" na pista. Algo que sempre me incomodava voltou a acontecer: pela grande quantidade tarefas na cabine, acabava por me atrasar em realizar algo. Desta vez foi o cheque após a decolagem, realizado apenas na perna de través. Com a experiência, estou conseguindo me gerenciar melhor no vôo, mas ainda falta!
Fomos em direção a Jaguariúna para realizar as manobras. Começamos pelos S's sobre estrada próximo ao pedágio na estrada Mogi-Campinas, onde me atrapalhei de início, mas houve progressiva melhora. No quesito altitude pelo menos, a variação não foi tão grande e o vento calmo me favoreceu. Algumas curvas para praticar mais, alguns estóis que consegui realizar perfeitamente, além de uma pane simulada, em local perfeito se fosse real, pois estava logo ao lado de um campo aberto sem torres de transmissão elétrica ou outros obstáculos.
Depois fui para uma manobra nova: oito sobre marcos. De princípio me confundi com as referências que o instrutor indicou, mas após encontrar as referências corretas, comecei a manobra com certa dificuldade em manter distância constante. A aeronave entrava na curva em uma boa distância, mas acabava por inclinar demais as asas e "afundar" para dentro da referência. Após algumas voltas e a situação melhorou, mas já era hora de voltar, com pouso por conta novamente do instrutor em mais uma etapa do meu curso de PP.