sábado, 25 de junho de 2011

Mais horas de vôo...


Decidi após quase quatro meses do meu primeiro relato de vôo, voltar a postar neste espaço minhas sensações e impressões do curso de Piloto Privado, que realizo no Aeroboero do Aeroclube de Campinas. Hoje, sete horas depois de meu primeiro vôo, dá para me virar melhor na cabine, apesar de ainda suar bastante para realizar algumas manobras. Nesse meio tempo de mais seis horas realizadas, deu para evoluir bastante e ganhar uma certa experiência.

Na minha oitava hora de vôo, voei pela primeira vez com o Lima, o qual ainda não tinha conhecido. Realizei a checagem do avião e aguardei enquanto o instrutor ajudava o Paulistinha PT-KZA na "partida manual". Fomos para a pista para o que foi minha primeira decolagem "reta", sem os costumeiros S's por aplicação excessiva de pedal . O instrutor só me ajudou ao rodar a aeronave quando tentei tirá-la do solo poucas milhas abaixo da velocidade padrão de 65mph, o que deixou o avião "bobo" na pista. Algo que sempre me incomodava voltou a acontecer: pela grande quantidade tarefas na cabine, acabava por me atrasar em realizar algo. Desta vez foi o cheque após a decolagem, realizado apenas na perna de través. Com a experiência, estou conseguindo me gerenciar melhor no vôo, mas ainda falta!

Fomos em direção a Jaguariúna para realizar as manobras. Começamos pelos S's sobre estrada próximo ao pedágio na estrada Mogi-Campinas, onde me atrapalhei de início, mas houve progressiva melhora. No quesito altitude pelo menos, a variação não foi tão grande e o vento calmo me favoreceu. Algumas curvas para praticar mais, alguns estóis que consegui realizar perfeitamente, além de uma pane simulada, em local perfeito se fosse real, pois estava logo ao lado de um campo aberto sem torres de transmissão elétrica ou outros obstáculos.

Depois fui para uma manobra nova: oito sobre marcos. De princípio me confundi com as referências que o instrutor indicou, mas após encontrar as referências corretas, comecei a manobra com certa dificuldade em manter distância constante. A aeronave entrava na curva em uma boa distância, mas acabava por inclinar demais as asas e "afundar" para dentro da referência. Após algumas voltas e a situação melhorou, mas já era hora de voltar, com pouso por conta novamente do instrutor em mais uma etapa do meu curso de PP.


terça-feira, 21 de junho de 2011

O Airbus do futuro



A Airbus anunciou uma nova e revolucionária concepção de avião. O projeto estrutural e de aerodinâmica é totalmente diferente dos aviões atuais. Alguns sites com matérias a respeito:

Futuristic Airbus Concept Cabin

Futuristic Jetliner Concept Has Privacy Pods and Virtual Reality

By 2050, Planes Will Have Transparent Walls - (Este site tem um vídeo a respeito!)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Brasileiros desenvolvem bioquerosene de aviação



É surpreendente o avanço que a aviação testemunhou nas últimas décadas. O transporte aeronáutico, e aqui não há como cometer exageros, alterou a civilização de forma radical. Não há outro modo de estar do outro lado do mundo em questão de horas. Para o bem ou para o mal: o transporte que pode levar de um continente a outro um vírus ainda desconhecido também é o único que pode levar médicos e pesquisadores para dar um jeito no problema em tempo hábil. Só que um moderníssimo avião sem combustível não é nada além de uma bela escultura de metal e compósitos que não serve para nada. Por essas e outras, é notável os trabalhos que estão sendo conduzidos para encontrar combustíveis renováveis também para aviões. E o Brasil está participando dessa corrida tecno-científica.

Para ver a notícia completa, no site Inovação Tecnológica, clique aqui

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Manuseando fuselagens e passeio pelo CTA

Estive há alguns meses em São José dos Campos para uma visita técnica. O objetivo era conhecer um dispositivo capaz de indicar precisamente a posição e a orientação de um alvo no espaço. Porém a visita se mostrou muito mais rica. Acabei conhecendo um laboratório dentro do CTA onde está sendo desenvolvida uma técnica para junção automatizada de fuselagens. Uma boa idéia do que estão fazendo por lá pode ser tida pela foto abaixo:



O robô, em laranja na foto, é responsável por movimentar toda uma seção de fuselagem até uma outra seção (não visível na foto), para a junção das duas partes. Embora o emprego de robôs já seja uma constante na indústria há muitos anos, tem-se aqui um desafio devido à precisão exigida pela manobra. Uma seção de fuselagem de peso considerável será movimentada por vários metros dentro de um espaço aberto, e ao final da montagem espera-se que o ajuste de posição, com relação à outra parte da fuselagem, seja de uma fração de milímetro. Problema adicional: há sempre erros de posicionamento das próprias seções de fuselagem em cima dos robôs, então não se trata apenas de controlar bem os robôs, mas também de medir, em tempo real, a posição efetiva das fuselagens.

Uma outra foto interessante vai abaixo, mostrando a estrutura interna da fuselagem.



Note que a espessura das chapas empregadas é "aparentemente" fina demais. O fato é que a estrutura de um avião é sempre otimizada para proporcionar a maior rigidez necessária com o mínimo peso possível, e atualmente modelos computadorizados permitem levar o processo de otimização ao extremo. Friso que busca-se apenas a rigidez necessária, e nada mais. Isso quer dizer o seguinte: o engenheiro de estruturas calcula o carregamento máximo previsto para a estrutura, considerando a situação mais crítica (maior carga g no avião, situação mais crítica de distribuição de peso a bordo). Em seguida, aplica sobre este valor o chamado coeficiente de segurança (que varia de elemento para elemento da estrutura). Chega-se assim ao valor de carregamento que a estrutura deverá ser capaz de suportar. Produzir uma estrutura que suporte mais carga é um desperdício, pois significa que se empregou mais material que o necessário e que o avião está carregando um peso morto. Uma estrutura que suporte menos carga que o exigido pelo fator de segurança não pode ser aprovada, por não atender às normas.

Outra boa surpresa da visita foi poder ver o CBA-123 Vector que está em exposição na Embraer. A aeronave é muito curiosa e merece alguns posts só pra ela. Mas vale aqui a menção.



Note que o arranjo dos motores é típico de um jatinho executivo. Porém trata-se de um turbo-hélice! As hélices são montadas voltadas para trás. A sigla CBA significa Cooperação Brasil-Argentina. O projeto iniciou-se em 1986 e o primeiro vôo do protótipo foi realizado em 1990.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Embraer KC-390 no Túnel de Vento



Este vídeo mostra algumas etapas de preparação para ensaios em túnel de vento do novo avião militar cargueiro da Embraer, o KC-390, que já possui unidades compradas pela FAB. Para quem não conhece esta nova aeronave , mais informações aqui.