O Boeing 747-800 é uma nova versão do clássico Boeing 747, o “Jumbo”. Visualmente parece muito um 747-400 mas é um projeto novo, com uma série de aperfeiçoamentos. Utiliza a mesma tecnologia de cockpit e motorização empregadas no B787, é mais silencioso, econômico e “verde” do que seus irmãos mais velhos. O objetivo do post é mostrar alguns pontos da fase de testes do 747-800 com um vídeo excelente da Boeing, ao fim do post (vale colocar em full screen), descoberto aqui.
Entre estes testes, o de velocidade mínima de decolagem, no qual o avião é forçado a decolar antes da velocidade “normal”, raspando sua cauda no chão. Para decolar, a força de sustentação global da aeronave deve ser maior do que a força peso. Lembrando que, Sustentação = 0.5* densidade do ar * Velocidade^2 * Área* CL, em uma condição de velocidade baixa, a asa deve ser colocada em um ângulo de ataque maior (o que gera um aumento do CL, coeficiente de sustentação) para conseguir atingir um certo patamar de sustentação. Então, o objetivo aqui é avaliar se mesmo na condição de decolagem na menor velocidade, o avião é capaz de decolar. Vale verificar no vídeo a presença do equipamento que permite raspar a cauda no chão sem causar danos à estrutura.
Outro teste bacana de se ver (principalmente em um 747...) é o de Stall, no qual a aeronave é levada à condição de perda abrupta de sustentação por meio de uma redução grande de velocidade (existem outros meios de se levar uma aeronave a Stall, como elevação do ângulo de ataque, etc). Por fim, o teste de Flutter no qual são verificadas as vibrações induzidas na estrutura da aeronave pelo desprendimento de vórtices das superfícies. Neste vídeo vale a pena voltar e ver novamente o momento em que é mostrado o estabilizador horizontal vibrando. Em breve, postarei algo específico sobre flutter, um assunto muito interessante e importante no projeto de aeronaves.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Boeing Phantom Eye
O Boeing Phantom Eye trata-se do avião não tripulado movido a hidrogênio da Boeing cujo roll-out foi feito em 12/07/2010. Atualmente está em testes de solo no NASA’s Dryden Flight Research Center na Base da USAF de Edwards, se preparando para o primeiro vôo que deve acontecer no começo de 2011 e durar 8 horas.
A expectativa é que ele possa permanecer voando a 65000 pés (19800m) de altitude por até 4 dias consecutivos. O Phantom Eye possui 45.7m de envergadura, velocidade de cruzeiro de 150 kt, e payload de 205kg.
Seu grande diferencial é o conjunto moto-propulsor, movido a hidrogênio. São dois motores de 2.3 litros, 4 cilindros, com 150 HP cada. Isto faz com que a aeronave seja eficiente, com grande economia de combustível e ainda eco-friendly, pois seu sub-produto é a água.
Vídeo, fotos e notícia completa da Boeing, aqui. Alguns parceiros do projeto são a Ford Motor Company, responsável pelos motores, a Mahle Powertrain (controles de propulsão) e a NASA.
A expectativa é que ele possa permanecer voando a 65000 pés (19800m) de altitude por até 4 dias consecutivos. O Phantom Eye possui 45.7m de envergadura, velocidade de cruzeiro de 150 kt, e payload de 205kg.
Seu grande diferencial é o conjunto moto-propulsor, movido a hidrogênio. São dois motores de 2.3 litros, 4 cilindros, com 150 HP cada. Isto faz com que a aeronave seja eficiente, com grande economia de combustível e ainda eco-friendly, pois seu sub-produto é a água.
Vídeo, fotos e notícia completa da Boeing, aqui. Alguns parceiros do projeto são a Ford Motor Company, responsável pelos motores, a Mahle Powertrain (controles de propulsão) e a NASA.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
iPod !?!?
Nas palavras do presidente da Honda Aircraft, Michimasa Fujino, quando comentava sobre a suíte de aviônicos G3000 da Garmin embarcada no HondaJet:
"Current pilots spend most of their time remembering the functionality [of the flight management system]. With the G3000, I don't have to do that. I can use it like an iPod."
Ok... foi um pouco demais para mim... rsrsrsrs.
Link da matéria original aqui, e do G3000 da Garmin.
"Current pilots spend most of their time remembering the functionality [of the flight management system]. With the G3000, I don't have to do that. I can use it like an iPod."
Ok... foi um pouco demais para mim... rsrsrsrs.
Link da matéria original aqui, e do G3000 da Garmin.
Caixa preta do B737-800 da Turkish Airlines
É sempre bom ficar atento aos resultados das investigações sobre acidentes aeronáuticos. Nesta notícia da Flight Global, é mostrada uma animação com os dados coletados da caixa preta do B738 da Turkish.
Mais uma vez, uma série de falhas em conjunto. Mas é interessante pois mostra o nível de interdependência entre os sistemas de automação de vôo de uma aeronave, e como isto pode ser perigoso.
Neste aspecto, mais recentemente, a EASA alertou os pilotos de A330 a sempre checarem as velocidades quando houver um desacoplamento espontâneo do piloto automático em vôo. Matéria completa aqui. Reflexos do acidente da Air France.
Mais uma vez, uma série de falhas em conjunto. Mas é interessante pois mostra o nível de interdependência entre os sistemas de automação de vôo de uma aeronave, e como isto pode ser perigoso.
Neste aspecto, mais recentemente, a EASA alertou os pilotos de A330 a sempre checarem as velocidades quando houver um desacoplamento espontâneo do piloto automático em vôo. Matéria completa aqui. Reflexos do acidente da Air France.
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