quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Boeing 747-800 Flight Tests

O Boeing 747-800 é uma nova versão do clássico Boeing 747, o “Jumbo”. Visualmente parece muito um 747-400 mas é um projeto novo, com uma série de aperfeiçoamentos. Utiliza a mesma tecnologia de cockpit e motorização empregadas no B787, é mais silencioso, econômico e “verde” do que seus irmãos mais velhos. O objetivo do post é mostrar alguns pontos da fase de testes do 747-800 com um vídeo excelente da Boeing, ao fim do post (vale colocar em full screen), descoberto aqui.

Entre estes testes, o de velocidade mínima de decolagem, no qual o avião é forçado a decolar antes da velocidade “normal”, raspando sua cauda no chão. Para decolar, a força de sustentação global da aeronave deve ser maior do que a força peso. Lembrando que, Sustentação = 0.5* densidade do ar * Velocidade^2 * Área* CL, em uma condição de velocidade baixa, a asa deve ser colocada em um ângulo de ataque maior (o que gera um aumento do CL, coeficiente de sustentação) para conseguir atingir um certo patamar de sustentação. Então, o objetivo aqui é avaliar se mesmo na condição de decolagem na menor velocidade, o avião é capaz de decolar. Vale verificar no vídeo a presença do equipamento que permite raspar a cauda no chão sem causar danos à estrutura.

Outro teste bacana de se ver (principalmente em um 747...) é o de Stall, no qual a aeronave é levada à condição de perda abrupta de sustentação por meio de uma redução grande de velocidade (existem outros meios de se levar uma aeronave a Stall, como elevação do ângulo de ataque, etc). Por fim, o teste de Flutter no qual são verificadas as vibrações induzidas na estrutura da aeronave pelo desprendimento de vórtices das superfícies. Neste vídeo vale a pena voltar e ver novamente o momento em que é mostrado o estabilizador horizontal vibrando. Em breve, postarei algo específico sobre flutter, um assunto muito interessante e importante no projeto de aeronaves.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Boeing Phantom Eye

O Boeing Phantom Eye trata-se do avião não tripulado movido a hidrogênio da Boeing cujo roll-out foi feito em 12/07/2010. Atualmente está em testes de solo no NASA’s Dryden Flight Research Center na Base da USAF de Edwards, se preparando para o primeiro vôo que deve acontecer no começo de 2011 e durar 8 horas.

A expectativa é que ele possa permanecer voando a 65000 pés (19800m) de altitude por até 4 dias consecutivos. O Phantom Eye possui 45.7m de envergadura, velocidade de cruzeiro de 150 kt, e payload de 205kg.

Seu grande diferencial é o conjunto moto-propulsor, movido a hidrogênio. São dois motores de 2.3 litros, 4 cilindros, com 150 HP cada. Isto faz com que a aeronave seja eficiente, com grande economia de combustível e ainda eco-friendly, pois seu sub-produto é a água.







Vídeo, fotos e notícia completa da Boeing, aqui. Alguns parceiros do projeto são a Ford Motor Company, responsável pelos motores, a Mahle Powertrain (controles de propulsão) e a NASA.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

iPod !?!?


Nas palavras do presidente da Honda Aircraft, Michimasa Fujino, quando comentava sobre a suíte de aviônicos G3000 da Garmin embarcada no HondaJet:

"Current pilots spend most of their time remembering the functionality [of the flight management system]. With the G3000, I don't have to do that. I can use it like an iPod."

Ok... foi um pouco demais para mim... rsrsrsrs.

Link da matéria original aqui, e do G3000 da Garmin.

Caixa preta do B737-800 da Turkish Airlines

É sempre bom ficar atento aos resultados das investigações sobre acidentes aeronáuticos. Nesta notícia da Flight Global, é mostrada uma animação com os dados coletados da caixa preta do B738 da Turkish.

Mais uma vez, uma série de falhas em conjunto. Mas é interessante pois mostra o nível de interdependência entre os sistemas de automação de vôo de uma aeronave, e como isto pode ser perigoso.



Neste aspecto, mais recentemente, a EASA alertou os pilotos de A330 a sempre checarem as velocidades quando houver um desacoplamento espontâneo do piloto automático em vôo. Matéria completa aqui. Reflexos do acidente da Air France.