sábado, 10 de maio de 2008
Nos primórdios...
A aviação nasceu no início do século XX, com pequenos aviões, fracos motores e pilotos "cowboys". Em 14 de outubro de 1947 Chuck Yeager quebrava a barreira do som a bordo do Bell X-1. A velocidade desse desenvolvimento sempre me espantou. A indústria naval, por exemplo, levou milênios para evoluir até grandes embarcações. Quando olhamos para o momento histórico em que a aviação nasceu e na forma com que os problemas eram tratados, contudo, a velocidade do desenvolvimento da aviação começa a fazer sentido.
Imabine que você, hoje em dia, assuma a seguinte tarefa: medir as derivadas de estabilidade de um avião em túnel de vento e, com base nos resultados alcançados, realizar estimativas dos períodos de oscilação da aeroanve. A tarefa é complexa, vai exigir muita pesquisa e você certamente utilizará computadores para tarefa de pesquisas, para aquisição de dados e para a realização de inúmeros cálculos.
Muito bem, agora imagine que você recebe a mesma missão, mas não está mais no informatizado e internetizado ano de 2008, mas sim em 1917. Agora a tarefa parece algo impossível, longe das possibilidades de realização prática, não é? Não subestime a história...
Uma olhada atenta no NACA Report-1, Report on behavior of aeroplanes in gusts, mostra que foi exatamente essa a tarefa assumida pela antecessora da NASA. Nota-se, no relatório, que a matemática e as ambições experimentais já eram, por qualquer padrão atual, consideravalmente avançadas. Talvez os resultados não fossem corretos ou suficientemente precisos, e os métodos não fossem os mais adequados, mas melhorias nesses âmbitos só se conseguem por meio da prática.
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